quinta-feira, 2 de dezembro de 2010



"Só uma coisa me faria respirar profundamente como uma montanha: Não depender do coração alheio, nem olhar para o relógio esperando um tempo que passa e que significa esquecimento,exaustão, e não ficar mais ligada a fio invisvel nenhum de ligação entre corpo e alma."
Ana Paula Arósio-Como Esquecer.

E dz mais: "O tempo não tem fim, mas ele é o fim"

E refletindo sobre esse parafraseado que se encaixa perfeitamente em mim agora, eu lembro-me da peça que assisti há duas semanas atrás [Metamorfose, Paulo Leminski] em que uma das personagens ao ser perguntada sobre o que é o Amor, diz: " O Amor é sair de si por um tempo,transformar-se no outro, e voltar outra coisa logo depois"
E a outra personagem diz: "É tragédia, desespero"
E a outra diz "Amor é desejar transformar o ser amado em pedra"
E eu penso: São todas verdades depois que se descobre o que sente. E como saber se o que sente é tão maior quanto o sentir alheio, apenas se sente...
E quando se enxerga não se tem como negar.
O mais engraçado de tudo, é que depois que o amor passa por todas as fases, até a do sofrimento incontido em não possuir mais o estado de plenitude, uma espécie ' de adeus' ao próprio sentir, é que se percebe o quanto é soberba daqueles que dizem que amam, e não conseguem sentir junto, não sabem expressar, são ausentes em palavras, são ausentes em sentir...
Indiferença é tão contraditório ao amor..que se for de fato, tão natural, faz desse mesmo amor uma tremenda mentira.

Mas eu nem sei mais o que estou dizendo. É apenas devaneio de uma mente que pede agora apenas para descansar,dormir, esquecer, delirar fora de si.

C.

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