terça-feira, 26 de outubro de 2010

divagando.




-A gente só escreve coisas autobiográficas...é sim. Nossa criatividade se resume a dilacerar nossos próprios sentidos" -Ela Disse.
-Não Não, eu não falo somente de mim quando escrevo, eu posso ter um eu lírico se quiser -pensei boba.

Mas quase tudo que conseguimos compor em vômitos poéticos, são orgânicamente de nós mesmos.
Dá pra entender?

Por isso,

Eu Adoro ser perdida, a ponto de necessitar escrever assim,
Adoro o abandono diário do 'sentir' preso na justificativa do 'sem tempo',
e adoro mais ainda ler frases poéticas, que deveriam me dizer muito,
mas não me dizem nada,
porque eu não preciso mais de palavras, mas de algo que me cerque pelos braços até cessar a aflição,
e eu preciso abrir os olhos com espinhos segurando-os para que não se fechem novamente,
e eu preciso de mim, como águia precisa de suas asas para voar solitária.
E que voe...
Porque o meu eu-lírico é quem fala. Enquanto os pensamentos matam a mente.

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