quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Starálfur.



Starálfur.

Ouço o som da poesia
Beijo um olhar embrigante
E canto uma história de um sonho infinito
Nesse mar de sentidos, o que me resta é me afogar
E me afogo
Em luz,
Em Euforia,
Em Dor,
Em Alegria
Que duram segundos eternos...que lentamente escrevem um conto,
Desses contos romanticos desastrosos,
cheios de tragédia e de esperança...
Há em mim, uma transparente vontade de voar,
com as asas que o duende me deu naquela noite...
Asas negras que colocaram fim na solidão eterna de um ser angustiado.
Eis que eu encontro a sina
de viver em eterno desespero de asas coladas,
de uma alma livre presa em doce maldição,
a única que consigo captar como sagrada,
O que há em mim é um milagre
de um ser inexistente que existe em meus sonhos.
Assim ele apareceu:
No soar dos violinos tristes, e do canto de um belo agoro,
com suas belas asas sagradas e seus olhos de águia
disse para mim que eu estava presa naquele mundo de feitiços feitos pelo coração,
quando então eu lhe entreguei o meu,
num ritual de sacrifício e adoração ao seu espírito,
eu sacrifiquei meu corpo e alma,
na única razão de me prender
naquele mundo, naquele sonho, naquele ser...
E quando me perco entre o limite do real e do sonho,
apenas rezo
para que meus olhos continuem fechados
e eu adormeça para sempre,
contemplando o duende, em seu abraço da morte.

Calliandra Ramos.

Devaneio escrito inspirado na música do Sigur Rós, a MINHA música, a música de um momento que é só meu, e que sempre me gerará a sensação de alegria-dor-plenitude ao ter a minha mais bela lembrança.

A Música:[LINDA,MARAVILHOSA]
http://www.youtube.com/watch?v=_sUVm77WjE0

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse momento nunca será apenas teu, tu sabes.
"(...) asas coladas,
de uma alma livre presa em doce maldição (...)". Essa é a certeza dentre outras, aquela cega..

Não existe como tentar detalhar o que senti ao ler, mas tu já sabe..

Obrigada.

Älvalek