sexta-feira, 24 de abril de 2009

Makoto.


Há mais de um ano atrás eu assisti um anime que muito me emocionou.Se chama Kanon.Eu geralmente não sou muito fã de animes com aqueles personagens fofinhos que a cada 10 palavras falam 'nyuuu',mas eu amei kanon logo de cara.A fofura extrema dos personagens se unia de um jeito extremamente singelo com o drama e o siginifcado psicológico da personalidade de cada um.Kanon é em suma uma história de como sentimentos puros e verdadeiros como o amor e a amizade podem curar feridas que doem muito,e que acreditar nos mesmos pode nos dar coragem pra agirmos como nunca imaginamos agir.
De todas as personagens a que mais me marcou foi Makoto.A pequena raposinha ferida,que encontrou na infancia o garoto Kyon,que cuidou dela como ninguém jamais tinha cuidado.Ela se foi.mas tinha pouco tempo de vida e deveria voltar rpa encontrar Kyon,pois o amava muito.
E então voltou em forma de uma garotinha levada chamada Makoto.Makoto era egoísta,mimada,ciumenta e adorava irritar Kyon com suas armações infantis.Mas tudo aquilo ela fazia para deixa-lo feliz,e só o que importava para ela,era estar ali perto dele,faze-lo rir,faze-lo ficar irritado por segundos e se irritar cm as chatices dele também.Tudo que ela realmente queria era ficar ao lado dele até o fim de sua vida,pois não havia sentimento maior e mais puro do que o que ela sentia por ele.E ela realmente conseguiu.
e como dizia o anime "Tudo parecia um sonho" e é assim mesmo.
Lembrei da makoto ontem,ao voltar rpa casa,porque tava analisando certas coisas em mim,e me lembrei do quanto eu parecia com ela as vezes,e involuntariamente.Na verdade,lembro-me bem de como me identifiquei com a personagem quando vi o anime,e me matei de chorar com o final da raposinha.
[Mas enfim,não vou contar pq perde a graça,e quem quiser assista o anime]
Só sei que isso me fez pensar no quanto ainda prezo certos sentimentos puros...a inocencia,a sinceridade,o não conseguir esconder os sentimentos aqueles que amamos,e até mesmo o ciúme quando ele não é venenoso.
Ainda irei ficar feliz por saber que ainda tenho muito disso em mim, mesmo que eu não transpareça para a maioria das pessoas.

Lembrei-me de um trecho de baudelaire,que eu adoro e coloco aqui agora:
" Para a criança amorosa de cartas e estampas
O mundo é igual ao seu apetite profundo
Ali! como o mundo é grande ao resplendo das lampadas
Aos olhos da saudade,ali, que é pequeno o mundo!

(...)
Por não mudar em feras,trazem a alma cheia
de espaço e de esplendor e de céu com lampejos
Esta neve que os morde,este sol que os cobreia
Apagam lentamente as impressões dos beijos

Os seus desejos são como nuvens informes
E sonham como sonha o canhão o conscrito
Ignotas lassidões e volúpias enormes
Cujos nomes ao mundo jamais há de ser dito

A nossa alma é latente a procurar Icária
Sobre a ponto uma voz repercute: ' abre o olho'
E,da gávea,outra voz grita,ardorosa e vária
'Amor! Glória! Ventura! Inferno! Era um escolho!' "

Hoje o post foi bastante íntimo,mas nem era a intenção.

2 comentários:

Fóssil disse...

Nunca vi esse anime! Também não sou muito fã desse estilo, mas gostei das tuas reflexões a partir dele. Li há pouco tempo em outro blog um post sobre cultivar a criança interior. Prezo muito por não deixar morrer o que tiver de sentimento puro em mim. Afinal, sinto, logo existo. =] Ótimo post!

Andréa M. disse...

curioso, eu tava lendo baudelaire ainda agora. haha.

=]]]


iu, eu lembrei do blog. ^ ^