
Há mais de um ano atrás eu assisti um anime que muito me emocionou.Se chama Kanon.Eu geralmente não sou muito fã de animes com aqueles personagens fofinhos que a cada 10 palavras falam 'nyuuu',mas eu amei kanon logo de cara.A fofura extrema dos personagens se unia de um jeito extremamente singelo com o drama e o siginifcado psicológico da personalidade de cada um.Kanon é em suma uma história de como sentimentos puros e verdadeiros como o amor e a amizade podem curar feridas que doem muito,e que acreditar nos mesmos pode nos dar coragem pra agirmos como nunca imaginamos agir.
De todas as personagens a que mais me marcou foi Makoto.A pequena raposinha ferida,que encontrou na infancia o garoto Kyon,que cuidou dela como ninguém jamais tinha cuidado.Ela se foi.mas tinha pouco tempo de vida e deveria voltar rpa encontrar Kyon,pois o amava muito.
E então voltou em forma de uma garotinha levada chamada Makoto.Makoto era egoísta,mimada,ciumenta e adorava irritar Kyon com suas armações infantis.Mas tudo aquilo ela fazia para deixa-lo feliz,e só o que importava para ela,era estar ali perto dele,faze-lo rir,faze-lo ficar irritado por segundos e se irritar cm as chatices dele também.Tudo que ela realmente queria era ficar ao lado dele até o fim de sua vida,pois não havia sentimento maior e mais puro do que o que ela sentia por ele.E ela realmente conseguiu.
e como dizia o anime "Tudo parecia um sonho" e é assim mesmo.
Lembrei da makoto ontem,ao voltar rpa casa,porque tava analisando certas coisas em mim,e me lembrei do quanto eu parecia com ela as vezes,e involuntariamente.Na verdade,lembro-me bem de como me identifiquei com a personagem quando vi o anime,e me matei de chorar com o final da raposinha.
[Mas enfim,não vou contar pq perde a graça,e quem quiser assista o anime]
Só sei que isso me fez pensar no quanto ainda prezo certos sentimentos puros...a inocencia,a sinceridade,o não conseguir esconder os sentimentos aqueles que amamos,e até mesmo o ciúme quando ele não é venenoso.
Ainda irei ficar feliz por saber que ainda tenho muito disso em mim, mesmo que eu não transpareça para a maioria das pessoas.
Lembrei-me de um trecho de baudelaire,que eu adoro e coloco aqui agora:
" Para a criança amorosa de cartas e estampas
O mundo é igual ao seu apetite profundo
Ali! como o mundo é grande ao resplendo das lampadas
Aos olhos da saudade,ali, que é pequeno o mundo!
(...)
Por não mudar em feras,trazem a alma cheia
de espaço e de esplendor e de céu com lampejos
Esta neve que os morde,este sol que os cobreia
Apagam lentamente as impressões dos beijos
Os seus desejos são como nuvens informes
E sonham como sonha o canhão o conscrito
Ignotas lassidões e volúpias enormes
Cujos nomes ao mundo jamais há de ser dito
A nossa alma é latente a procurar Icária
Sobre a ponto uma voz repercute: ' abre o olho'
E,da gávea,outra voz grita,ardorosa e vária
'Amor! Glória! Ventura! Inferno! Era um escolho!' "
Hoje o post foi bastante íntimo,mas nem era a intenção.
2 comentários:
Nunca vi esse anime! Também não sou muito fã desse estilo, mas gostei das tuas reflexões a partir dele. Li há pouco tempo em outro blog um post sobre cultivar a criança interior. Prezo muito por não deixar morrer o que tiver de sentimento puro em mim. Afinal, sinto, logo existo. =] Ótimo post!
curioso, eu tava lendo baudelaire ainda agora. haha.
=]]]
iu, eu lembrei do blog. ^ ^
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